Destilando
Conceitos: Panteões – Teogênese, pt.3 – O poder dos números.
Olá,
Bravos!
Segue
a terceira parte da matéria, como eu prometi.
Mas
antes que você continue a leitura (sim, é meu momento tiro no pé) aconselho a
você se perguntar: Você realmente deseja medir seus deuses em números?
Você
na condição de mestre ou de forjador de mundos deve se fazer essa pergunta. Se
a resposta for sim, prossiga. Ter as estatísticas de um deus é sempre útil para
definir algumas situações, como um embate entre dois deuses. Se a resposta for
não, uma descrição rápida com poucas informações necessárias podem vir a
calhar. Sei que muitos leitores prezam pela rapidez e por matérias curtas, mas
vou começar pela parte mais longa, pela construção básica de uma ficha.
No
mais, boa leitura.
Como
seria a ficha de um deus?
A
maneira mais fácil de criar a ficha de um deus é começar por seu avatar.
Não,
eu não estou falando dos homens-gato azuis de três metros de Pandora. Na
verdade um pouco... Um avatar é uma parcela física do poder de uma divindade.
Com exceção aos deuses menores, semideuses e heróis, um avatar será a única
forma que uma divindade pisará no mundo físico, há sim uma alegoria entre os
avatares dos jogos de RPG e os avatares do filme de James Cammeron: Eles são
veículos físicos do poder de uma entidade.
Um
avatar é criado de forma similar a um monstros com ficha de personagem
(aconselho fortemente utilizar as regras de criaturas com classe de personagem
do suplemento MODELOS PARA OLD DRAGON, Volume 1 (não, eu não estou ganhando
nada pra fazer propaganda!)). Neste caso você pode escolher um monstro já
existente ou criar uma ficha de personagem normal (o que é mais divertido).
Lembre-se que um avatar é a manifestação de uma divindade no plnao físico, por
isso, não tenha medo de dar a ele atributos altos, mas com lógica: Um deus da
beleza provavelmente teria Carisma e Constiuição elevados, mas se for um deus
fútil, sua Inteligência e Sabedoria podem ser bem baixos. Em vias de regras,
considere o atributo mais baixo do avatar como 10 e o mais alto entre 20 e 25.
Aqui não tem segredo, é só usar o que já falei nos dois capítulos anteriores e
usar de sabedoria.
Uma
divindade pode possuir um avatar com nível ou DV's iguais ou menores do que seu
nível divino, e normalmente apenas um avatar é criado por vez.
Além
dos atributos altos, o avatar ainda conta com alguns benefícios:
- Vitalidade: Todos os avatares possuem o máximo de pontos de vida de sua classe ou DV’s;
- Regeneração: Avatares recuperam 1PV por rodada (sim, é difícil matar um avatar...);
- Resistências: Avatares possuem Redução de Dano, Resistencia a Magia e Resistência à Energia igual ao Nível Divino de seu deus. A Redução de dano pode ser vencida por armas mágicas ou de tendência oposta. Avatares não sofrem dano por velhice, venenos ou medo, sejam de origem natural ou mágica;
- Sentidos: Avatares possuem uma espécie de sentido compartilhado com sua divindade: ele pode dividir pensamentos e ver através de seus olhos;
- Poderes concedidos: Avatares possuem acesso a todos os poderes concedidos por sua divindade, mesmo que não pertençam à classe clérigo.
È
comum que avatares venham ao mundo mortal com itens mágicos e artefatos, em
especial aqueles que sua divindade possui.
Ah,
um aviso: Deuses menores, Forças, Semideuses e Heróis não possuem avatares,
pois não tem poder para isso.
Ok,
temos a ficha de nosso avatar? Agora é a hora de arrematar a ficha da
divindade! Não é difícil, apenas vamos usar a ficha que já temos como modelo e
aplicar os seguintes modificadores:
Atributos: A divindade recebe bônus de
atributos. Estes valores não são fixos, e o forjador de mundos pode escolher em
que atributo cada valor vai:
- Deuses Supremos: +50, +40, +30, +20, +10, +5;
- Deuses Maiores: +40, +30, +20, +10, +5;
- Deuses Intermediários: +30, +20, +10, +5;
- Deuses Menores: +20, +10, +5;
- Forças: +10, +5;
- Semideuses e Heróis: +5.
Resistências: Deuses Supremos, Maiores e
Intermediários são seres imortais, então, mesmo que sejam destruídos retornam à
existência em 1d20-Nível Divino minutos, a não ser que sejam impedidos disto
(como um feitiço lançado por outro deus, por exemplo). Deuses Menores, Forças,
Semideuses e Heróis possuem Redução de Dano, Resistência à Magia e Resistência
a Elementos igual ao seu Nível Divino (assim como os avatares) e as outras
divindades são imunes a efeitos lançados por mortais;
Sentidos: Deuses Supremos, Maiores e
Intermediários possuem sentidos “cósmicos”: Consideres que estas entidades
estão cientes de tudo que ocorre com seus seguidores, e que tem sentidos especiais
(infravisão, visão no escuro) que são aplicados a seus seguidores ou à sua área
de influência. Deuses Menores e Forças sabem onde e como seus seguidores estão,
mas não possuem poder para mais do que isso. Semideuses e Heróis possuem
sentidos normais para sua raça.
Movimento: Deuses Supremos, Maiores e
Intermediários podem se locomover a sua vontade, de forma ilimitada dentro de
sua região de influência. Supremos e Maiores podem ainda, uma vez por dia, ir
ao encontro de seus seguidores em qualquer ponto do multiverso. Deuses Menores
e Forças locomovem-se três vezes mais rápido que seus avatares, e uma vez por
semana podem ir ao encontro de seus seguidores, enquanto Semideuses e Heróis
possuem deslocamento normal para sua raça/classe.
Que tipo
de poderes a divindade concede?
Domínios: Domínios são grupos de aspectos possuídos
pela divindade não vou me estender mais neste ponto, pois domínios já foram descritos
pelo Felipe Freitas no artigo Domínio da Divindade (http://olddragon.redboxeditora.com.br/dominio-da-divindade/).
A
divindade pode conceder um número de domínios igual ao seu Nível Divino/4
(Mínimo de 1 domínio). Seus clérigos podem adotar um de seus domínios no 1º
Nível e um segundo no 11º.
Poderes concedidos: Poderes concedidos são habilidades
concedidas aos adoradores por seus deuses. Estas habilidades podem ser uma
alternativa para o mestre na construção de especializações de clérigos. Eles
podem conceder bônus em ataques, testes em áreas de conhecimento ou dons sobrenaturais!
O mestre ou o
forjador de mundos é livre para decidir se o clérigo receberá poderes no 1°
nível, à partir do 5° nível, como parte de uma especialização ou ambos.
Como
minimalizar a ficha de um deus?
Pois
bem, forjador de mundos, embora criar a ficha de uma divindade possa ser bem
divertido, também é bastante trabalhosa, e às vezes não há a necessidade de
medir seus deuses em número, mas ainda sim é interessante ter algumas
informações. A ficha minimalista é muito, muito simples (afinal é minimalista):
- Nome
- (Nível Divino, Tendência, Classe e Nível)
- Domínios
- Poderes Concedidos
- Dogmas
Independente
de usar uma ficha completa ou minimalista, você pode dar alguns toques finais, amigo
mestre e forjador de mundos (estou começando a gostar deste termo!): Cores,
armas preferidas e símbolos (que podem ser usadas por seus clérigos), animais
sagrados (que podem ser a forma animal de druidas ou clérigos seguidores), e
até mesmo regras de vestimentas. Além disso, ainda definiremos sobre o
comportamento dos seguidores, mas isto vem no próximo artigo.
Bom,
por hoje é só. Na parte quatro, os deuses e o seus seguidores.
Não deixem de
comentar, seu feedback é muito importante!
Templário
de Thiro (casadoalquimista@gmail.com)
Parte 1 desta matéria: Teogênese, pt.1 – Origens, Conceitos e Poder
Parte 2 desta matéria: Teogênese, pt.2 – Os deuses e o mundo
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