terça-feira, 10 de junho de 2014

Destilando Conceitos: Panteões – Teogênese, pt.3 – O poder dos números

Destilando Conceitos: Panteões – Teogênese, pt.3 – O poder dos números.

Olá, Bravos!

Segue a terceira parte da matéria, como eu prometi.

Mas antes que você continue a leitura (sim, é meu momento tiro no pé) aconselho a você se perguntar: Você realmente deseja medir seus deuses em números?

Você na condição de mestre ou de forjador de mundos deve se fazer essa pergunta. Se a resposta for sim, prossiga. Ter as estatísticas de um deus é sempre útil para definir algumas situações, como um embate entre dois deuses. Se a resposta for não, uma descrição rápida com poucas informações necessárias podem vir a calhar. Sei que muitos leitores prezam pela rapidez e por matérias curtas, mas vou começar pela parte mais longa, pela construção básica de uma ficha.

No mais, boa leitura.


Como seria a ficha de um deus?
           
A maneira mais fácil de criar a ficha de um deus é começar por seu avatar.

Não, eu não estou falando dos homens-gato azuis de três metros de Pandora. Na verdade um pouco... Um avatar é uma parcela física do poder de uma divindade. Com exceção aos deuses menores, semideuses e heróis, um avatar será a única forma que uma divindade pisará no mundo físico, há sim uma alegoria entre os avatares dos jogos de RPG e os avatares do filme de James Cammeron: Eles são veículos físicos do poder de uma entidade.

Um avatar é criado de forma similar a um monstros com ficha de personagem (aconselho fortemente utilizar as regras de criaturas com classe de personagem do suplemento MODELOS PARA OLD DRAGON, Volume 1 (não, eu não estou ganhando nada pra fazer propaganda!)). Neste caso você pode escolher um monstro já existente ou criar uma ficha de personagem normal (o que é mais divertido). Lembre-se que um avatar é a manifestação de uma divindade no plnao físico, por isso, não tenha medo de dar a ele atributos altos, mas com lógica: Um deus da beleza provavelmente teria Carisma e Constiuição elevados, mas se for um deus fútil, sua Inteligência e Sabedoria podem ser bem baixos. Em vias de regras, considere o atributo mais baixo do avatar como 10 e o mais alto entre 20 e 25. Aqui não tem segredo, é só usar o que já falei nos dois capítulos anteriores e usar de sabedoria.

Uma divindade pode possuir um avatar com nível ou DV's iguais ou menores do que seu nível divino, e normalmente apenas um avatar é criado por vez.

Além dos atributos altos, o avatar ainda conta com alguns benefícios:
  • Vitalidade: Todos os avatares possuem o máximo de pontos de vida de sua classe ou DV’s;
  • Regeneração: Avatares recuperam 1PV por rodada (sim, é difícil matar um avatar...);
  • Resistências: Avatares possuem Redução de Dano, Resistencia a Magia e Resistência à Energia igual ao Nível Divino de seu deus. A Redução de dano pode ser vencida por armas mágicas ou de tendência oposta. Avatares não sofrem dano por velhice, venenos ou medo, sejam de origem natural ou mágica;
  • Sentidos: Avatares possuem uma espécie de sentido compartilhado com sua divindade: ele pode dividir pensamentos e ver através de seus olhos;
  • Poderes concedidos: Avatares possuem acesso a todos os poderes concedidos por sua divindade, mesmo que não pertençam à classe clérigo.

È comum que avatares venham ao mundo mortal com itens mágicos e artefatos, em especial aqueles que sua divindade possui.

Ah, um aviso: Deuses menores, Forças, Semideuses e Heróis não possuem avatares, pois não tem poder para isso.

Ok, temos a ficha de nosso avatar? Agora é a hora de arrematar a ficha da divindade! Não é difícil, apenas vamos usar a ficha que já temos como modelo e aplicar os seguintes modificadores:

Atributos: A divindade recebe bônus de atributos. Estes valores não são fixos, e o forjador de mundos pode escolher em que atributo cada valor vai:

  • Deuses Supremos: +50, +40, +30, +20, +10, +5;
  • Deuses Maiores: +40, +30, +20, +10, +5;
  • Deuses Intermediários: +30, +20, +10, +5;
  • Deuses Menores: +20, +10, +5;
  • Forças: +10, +5;
  • Semideuses e Heróis: +5.


Resistências: Deuses Supremos, Maiores e Intermediários são seres imortais, então, mesmo que sejam destruídos retornam à existência em 1d20-Nível Divino minutos, a não ser que sejam impedidos disto (como um feitiço lançado por outro deus, por exemplo). Deuses Menores, Forças, Semideuses e Heróis possuem Redução de Dano, Resistência à Magia e Resistência a Elementos igual ao seu Nível Divino (assim como os avatares) e as outras divindades são imunes a efeitos lançados por mortais;

Sentidos: Deuses Supremos, Maiores e Intermediários possuem sentidos “cósmicos”: Consideres que estas entidades estão cientes de tudo que ocorre com seus seguidores, e que tem sentidos especiais (infravisão, visão no escuro) que são aplicados a seus seguidores ou à sua área de influência. Deuses Menores e Forças sabem onde e como seus seguidores estão, mas não possuem poder para mais do que isso. Semideuses e Heróis possuem sentidos normais para sua raça.

Movimento: Deuses Supremos, Maiores e Intermediários podem se locomover a sua vontade, de forma ilimitada dentro de sua região de influência. Supremos e Maiores podem ainda, uma vez por dia, ir ao encontro de seus seguidores em qualquer ponto do multiverso. Deuses Menores e Forças locomovem-se três vezes mais rápido que seus avatares, e uma vez por semana podem ir ao encontro de seus seguidores, enquanto Semideuses e Heróis possuem deslocamento normal para sua raça/classe.

Que tipo de poderes a divindade concede?

Domínios: Domínios são grupos de aspectos possuídos pela divindade não vou me estender mais neste ponto, pois domínios já foram descritos pelo Felipe Freitas no artigo Domínio da Divindade (http://olddragon.redboxeditora.com.br/dominio-da-divindade/).

A divindade pode conceder um número de domínios igual ao seu Nível Divino/4 (Mínimo de 1 domínio). Seus clérigos podem adotar um de seus domínios no 1º Nível e um segundo no 11º.

Poderes concedidos: Poderes concedidos são habilidades concedidas aos adoradores por seus deuses. Estas habilidades podem ser uma alternativa para o mestre na construção de especializações de clérigos. Eles podem conceder bônus em ataques, testes em áreas de conhecimento ou dons sobrenaturais!

O mestre ou o forjador de mundos é livre para decidir se o clérigo receberá poderes no 1° nível, à partir do 5° nível, como parte de uma especialização ou ambos.

Como minimalizar a ficha de um deus?

Pois bem, forjador de mundos, embora criar a ficha de uma divindade possa ser bem divertido, também é bastante trabalhosa, e às vezes não há a necessidade de medir seus deuses em número, mas ainda sim é interessante ter algumas informações. A ficha minimalista é muito, muito simples (afinal é minimalista):
  • Nome
  • (Nível Divino, Tendência, Classe e Nível)
  • Domínios
  • Poderes Concedidos
  • Dogmas

Independente de usar uma ficha completa ou minimalista, você pode dar alguns toques finais, amigo mestre e forjador de mundos (estou começando a gostar deste termo!): Cores, armas preferidas e símbolos (que podem ser usadas por seus clérigos), animais sagrados (que podem ser a forma animal de druidas ou clérigos seguidores), e até mesmo regras de vestimentas. Além disso, ainda definiremos sobre o comportamento dos seguidores, mas isto vem no próximo artigo.

Bom, por hoje é só. Na parte quatro, os deuses e o seus seguidores.

Não deixem de comentar, seu feedback é muito importante!


Templário de Thiro (casadoalquimista@gmail.com)

Nenhum comentário:

Postar um comentário